sábado, 25 de outubro de 2008

Aqui jaz.

Fim.
Morte morreu
Era apenas uma corda nas mãos de um grande homem
Foi apenas uma corda que matou o grande homem
Se eu pudesse ter ajudado...
Se eu pudesse voltar atrás...
Se eu não fosse tão egoísta...
Agora é tarde, mesmo que ainda exista sol...
Mesmo que ainda exista cor...
É tarde...
Morte morreu
Nenhum texto imundo, por mais sincero que seja...
Nenhuma lágrima minha adianta mais
Morte morreu
Ao que foi a faca afiada que rasgou a carne
Ao que foi o sangue nas mãos do assassino
Ao que foi a ferida aberta
Ao que foi o grito de dor do torturado
Ao que foi o medo nos olhos da criança
Ao que foi a escuridão no fim do túnel
Ao demônio solitário
Ao anjo perdido
Ao poeta louco
Ao que agora é eterno para nós egoístas...
Mil desculpas por não ter sido útil
Mil desculpas por não ter acreditado
Vire a página...
O início começa agora.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sandra A. da silva Fernandes.

A boa intenção definitivamente não presta
É como um laço letal no pescoço.
É como ficar parada no meio do trânsito
como quem vai para a merda
Do traço humano de um deus que passa e recolhe seus pertences
fruto do sexo proibido.
de tamanha vicissitude carnal e espírita
entre luzes e velas
como a umidade do seu ombro que eu sem querer provoquei
é como a lembrança de tudo que fez ela voltar
é com a revolta da certeza de que ela não existe mais
para te dizer impropérios e verdades
Broncas que fazem tanta falta
ah! como seria bom se a água do rio me levasse para o monte onde se pesca tudo do que a mente é capaz de entender e amar
sim, me faz falta a mão que de manhã me acariciava com seu perfume tão natural
e que agora, nã passa de um leve vento que me acalma.
tudo, absolutamente tudo tardio e louco
e a sua boa intenção pra mim não passa de um monte de baboseira
uma pá de inverdades e culpas
e tudo sem o menor resquício de carinho
eu só sei que tudo que até agora escrevi não é nada mais do que o espelho que cega a visão de quem me consolou.
assim, entre o que vejo e entre o que penso, prefiro escolher o vento.

vou indo. quem sabe um dia nos reencontraremos
<3

cuore.

Toma-me rima
me faça de prima
Me deixe desnuda
sem conduta
Me prenda, me venda, me sinta, me escreva...
ficarei calada
Quero ser palavra escrita, não falada
Digite-me
Publique-me
Ilustre-me
Rasure-me
Confunda-me
Apague-me
Sou sua...
Termine-me!